As raízes nervosas têm origem na medula espinhal e estão organizadas aos pares: a raiz anterior (motora), que saem da face anterior da medula espinhal e estimulam os músculos, e as raízes posteriores (sensitivas), que entram na face posterior da medula espinhal e trazem as informações das sensibilidades da periferia ao cérebro.
A lesão ou disfunção de uma raízes nervosa tem inúmeras causas, como lesões medulares, hérnias discais, osteófitos vertebrais que comprimem a raiz, infecções, tumores, dentre outras.
Quando uma raiz anterior é acometida, podemos determinar com relativa precisão qual o nível agredido, por meio de sinais e sintomas apresentados pelos músculos que tem inervação originada na raiz em questão.
Clinicamente, alguns “músculos-chave” são utilizados para fazer este diagnóstico, considerando os plexos braquial e lombossacral. A redução da resistência em um músculo-chave pode indicar uma lesão à raiz do nervo associado:
Músculo | Raiz |
Bíceps braquial | C5 |
Deltóide (porção acromial) | C6 |
Tríceps braquial | C7 |
Flexor profundo dos dedos | C8 |
Interósseos palmares e dorsais | T1 |
Iliopsoas e adutor longo | L2 |
Quadríceps femural | L3 |
Tibial anterior | L4 |
Glúteo médio e extensor longo dos dedos | L5 |
Glúteo máximo e semi-tendíneo | S1 |
Tríceps sural e flexor longo do hálux | S2 |
Interósseos palmares e dorsais | S3 |
Sinais e sintomas sensitivos também podem auxiliar no diagnóstico do nível de um nervo espinal acometido. Para isso é preciso conhecer a topografia do dermátomos, que são territórios cutâneos inervados por uma determinada raiz nervosa posterior:
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